sábado, 5 de outubro de 2013

SVD Angola - Nossa História

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A aceitação da missão de Angola foi o resultado dum processo que já vinha de longe. A fundação verbita em Portugal teve como preocupação primária a formação de missionários para a acção evangelizadora da Igreja. Os campos de prioridade missionária, dentro da melhor tradição da Congregação, tinham sido sempre assumidos após petição expressa dos organismos centrais da Igreja ou de igrejas locais. Esse espírito de abertura não excluía de todo em todo qualquer território. Circunstâncias várias vieram apressar uma decisão que se tornou quase inadiável: a assunção dum espaço de evangelização no antigo ultramar português.
Desde os primeiros meses do início da fundação no Tortosendo (Portugal), já o Pe. Caio de Castro, ao intentar reconhecimento e isenções fiscais, se vê confrontado com a delicada questão da não presença da Congregação em terras do ultramar. Disso informa Roma e dá a entender as conveniências objectivas da abertura, num futuro próximo, duma missão num dos territórios ultramarinos.
No fim do ano de 1964, o P. Adolf Spreti, assistente geral, encontrando-se de visita às nossas missões do Congo, incluíra também no seu périplo uma deslocação a Angola e Moçambique. Apreciaria localmente da viabilidade da deslocação da Congregação para aqueles territórios.
Uma vez em Angola, é-lhe proposto pela diocese de Luanda uma zona de periferia, carente de assistência religiosa e evangelização; com esse dados em mão regressa imediatamente a Roma e propõe ao Conselho Geral a assunção daquele território missionário. No ano seguinte, o Pe. Spreti, de visita a Portugal (19 de Fevereiro até meados de Março de 1965), abordou esse projecto com os responsáveis da Região portuguesa. O acolhimento positivo que de todos recebeu, deixou-o optimista.
Meses mais tarde, destinam-se já para aquele território um missionário experimentado do Congo, o brasileiro Pe. Elírio dal Piva e o Pe. Wilson Alves, também brasileiro, que estava a terminar o curso de Teologia na Alemanha, em Santo Agostinho.
Mas no mesmo ano o Pe. Elírio tinha as férias na sua terra natal. Antes ir as férias ele visita a Luanda e conhece o local da missão na região da Terra Nova.
O dia 20 de Março de 1966, foi a data aprazada para a cerimónia da entrega da cruz missionária aos dois confrades que iriam dar início à missão de Angola (Luanda). Tudo foi preparado cuidadosamente. Para presidir, foi convidado o núncio apostólico, Mons. Maximiliano de Furstenber; convidara-se igualmente um antigo missionário verbita de Moçambique, posteriormente ordenado bispo no Brasil, D. Manuel Konner, assim como o bispo de Leiria, D. João Pereira Venâncio.
Nesse dia concentrou-se praticamente toda a Região em Fátima. Vieram também os alunos das outras casas. As liturgias, acompanhadas por guiões apropriados, tiveram uma participação apreciada. Os espaços comuns do Seminário engalanaram-se com painéis alusivos à Congregação e à Missão de Angola.
Três dias depois, no dia 23 de Março, tomava o Pe. Elírio o avião com destino a Luanda. Um pouco mais tarde, no dia 27 de Abril, embarcava no “Infante D. Henrique”, o Pe. Wilson Alves com o mesmo destino.
Com a presença destes dois missionários, a missão angolana teve uma evolução positiva. A diocese de Luanda atribuiu-lhes a zona da Terra Nova, Cazenga, Ragel e Mosseques. Foi dessa forma que a Região portuguesa se estendeu às longínquas terras de África.
Até ao fim da década, a missão será reforçada com a ida doutros missionários de Portugal: Pe. Brito, Pe. Américo Gonçalves Ribeiro, Frt. Manuel Felgueiras e Ir. Gerardo Gaspar Esteves. Nos primeiros meses de 1974, antes do 25 de Abril, abriu-se ainda a missão de Caungula, distante de Luanda cerca de 800 km.
Após o 25 de Abril de 1974 e o processo de descolonização que irá levar progressivamente à independência das antigas possessões ultramarinas, as missões de Angola serão afectadas na transição daquela mudança política. Por acto administrativo, entendeu a Cúria Geral fazer depender aquelas duas missões (Luanda e Caungula) directamente do Generalato. A nova situação jurídica não abalou a ligação natural que de Portugal se continuava a manter com aquelas missões e confrades; decorrente disso, e também por vontade expressa do Generalato, o financiamento das despesas correntes daquelas zona missionária continuou a ser suportado pela Província portuguesa. Essa situação manter-se-á até à constituição da Província angolana no Ano de 1993.
O Pe. José Eguizábal Garcia foi nomeado o primeiro Superior Provincial. Desde então passaram muitos missionários da Terra de Angola e também foram abertas muitas paróquias/missões tais como; Paróquias de Cristo Rei, Santa Madalena, São João Baptista, Quase Paroquia S. José Freinademetz, Quase Paróquia do Verbo Divino, Santuário de Kifangondo, N´zeto, Tomboco, Kakolo, Kakulama, Kaungula e a Missão de Sendi.
Neste momento, os Missionários do Verbo Divino trabalham nas paróquias, nas missões, na formação, na educação, na animação missionária, na promoção vocacional, na saúde, crianças desfavorecidas etc.

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